Antonio de Albuquerque
Sorrindo de alegria, num espaço sublime entre contos, encantos e poesias.
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Foto Antonio de Albuquerque
Antonio de Albuquerque

Parintins 27.03.19


Viagem no Rio Amazonas

Desembarquei do UBER do Davi na estação da Matriz, bem no centro da cidade, seguindo a pé, pelas ruas estreitas, calçadas de pedras do tempo da borracha e marquises curtas que não impediam a chuva cair sobre meu chapéu. Estava alegre e feliz por querer chegar às barcas amarelas no RODWAY, aonde embarcaria numa fascinante viagem descendo o Rio Amazonas. Chovia manso formando fina cerração e eu observava o movimento das pessoas caminhando apressadas querendo embarcar com destino a centenas de lugares situados às margens dos diversos rios da Amazônia brasileira e países vizinhos, sendo este um espetáculo amável e tocante que queremos vivenciar pelo menos uma vez na vida. Sentei-me numa confortável poltrona na janela, com ampla vista para as margens do caudaloso Rio Amazonas, o maior rio do mundo em extensão e volume d’água. Sobre a lancha passarinhos dançavam, e mais alto, tucanos bailavam sobre a embarcação, acompanhada por centenas de botos, como dando boas-vindas ao seio do rio. Outros pássaros mergulhavam e de bico, colhiam pequenos peixes, e alvíssimas garças observavam a lancha singrar o rio, sem que seu incontido barulho as incomodasse.

As margens do rio estavam banhadas pela luz do sol dourado e no alto as nuvens brancas formavam desenhos inusitados, construindo um complexo mistério na natureza, num fascinante e rico cenário. A possante lancha navegava no rio encurtando a distância entre mim e a exuberante e encantadora floresta próxima às águas do majestoso Rio. Nessa viagem cheguei a Ilha de Tupinambarana, formando a bela cidade de Parintins, berço de misterios e lendas, entre águas e florestas, aonde fui recebido por uma comunidade alegre, feliz  e carinhosa, revelando-me riquíssimas histórias da formação da cidade originária dos tupinambaranas, narrativas essas de extraordinária beleza e encanto, que infelizmente não cabe nesta página, mas um dia contarei num livro. Em companhia de alguns amigos; Duany, Gabriela e Paula, médicos ali residentes fomos contemplar o lago que cerca a ilha, que no pôr do sol transforma o cenário numa peça valiosíssima de ouro. Confesso que nunca vi igual. Com olhos marejados refleti sobre o volume d’água do Rio Amazonas despejado na sua foz na Ilha de Marajó.

São bilhões de litros por minuto, enquanto muitos países ricos não dispõem desse extraordinário manancial e outros pobres não têm água potável para beber e alguns colhem na foz do Amazonas em grandes embarcações tanques,  sendo comum enxergar filas de navios tanques colhendo água. Alguns transformam a água em mineral para comercializar no mercado consumidor, tendo como exemplo a água mineral Perrier francesa. Por essas e outras precisamos estar cada vez mais vigilantes com relação as riquezas naturais da nossa Pátria, muita das vezes negociadas por alguns maus políticos inimigos da Pátria, cuja história criminosa estão construindo e, reservando para as gerações futuras, dessa forma, impedindo o crescimento do Brasil, carente de educação, saúde e patriotismo por quem deveria tê-
las em profusão.
Antonio de Albuquerque
Enviado por Antonio de Albuquerque em 28/03/2019
Alterado em 11/05/2019
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