Antonio de Albuquerque
A Distância
Algumas vezes olhando para o alto, sem saber a razão, nos encontramos com uma estrela a admiramos por instantes e até falamos com ela rogando o bem para nós, creio não ser por acaso que a enxergamos, pode ser em razão de que em alguns momentos, mais precisamos olhar para o alto e falar com Deus, Ele nos dizendo; Eu estou aqui, e aí também cuidando de você, para que possa cumprir sua missão no Planeta. Eu e você que lê essas linhas, também somos assim, mesmo à distância quando de repente encontramos em nosso caminho um ser que nos conforta com sua amizade, ele insere na nossa memória uma inolvidável lembrança, e no coração um profícuo amor em profusão. Esses encontros não são fortuitos, são tais quais as estrelas, que nos atraem ofertando entendimento e um puro amor em nós, que jamais findará.
Mesmo assim, é possível que em algum momento tenhamos nos conhecido em um lugar qualquer, visto que somos filhos do mesmo pai. Embora ainda não estejamos evoluídos a ponto de nos reconhecermos de imediato, podemos sim, em algum momento, termos conheceido alguém quando o encontramos pela primeira vez, aflorando desse encontro um sentimento de profunda amizade.
Aqui é um belo lugar, todo dia é de sol e chuva e às vezes, costumo caminhar com a cabeça levantada para ter uma visão periférica dos lugares por onde passo, e também das pessoas que caminham displicentemente sem ver o que acontece ao seu redor, querendo apenas chegar ao destino. Para melhor observar, em um banco da praça sentei-me de frente para algumas pessoas que também sentadas animadas conversavam. Examinando seus semblantes constatei algumas características, que, se não bem observadas, não perceberia algo que me conduzisse a refletir sobre o que somos e o que representamos para o outro. Cada pessoa tem uma genética diferente e uma história de vida também desigual, creio não existir histórias iguais.