Antonio de Albuquerque
Sorrindo de alegria, num espaço sublime entre contos, encantos e poesias.
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Nossos segredos e mistérios


Para o jovem Pedro a esplendorosa Amazônia tornou-se um grande desafio em sua vida. Suas gloriosas histórias, ainda desconhecidas por alguns, mas bem lembradas por seus misteriosos habitantes que dela falam desde o início do seu surgimento do fundo do mar, formando a fascinante bacia amazônica, com quatro milhões de quilômetros quadrados, sendo o maior complexo fluvial do mundo, maior bacia sedimentar do planeta e o maior ecossistema florestal da biosfera. Suas reservas de água, gás, petróleo, minérios, ouro e pedras preciosas têm valor incalculável. Sua belíssima história nos remete às civilizações antigas. Nesse continente verde existem misteriosas riquezas que a história ainda não revelou, reservadas para gerações futuras, quando o homem conhecer a natureza, compreender a ciência, tecnologia e entender a espiritualidade em sua plenitude.

Nessa região Pedro conheceu nações antigas, suas ricas histórias, lendas e tradições. Valendo-se de ricas pesquisas antropológicas, rupestres existentes há milhares de anos, Pedro certificou-se que em um passado distante, antes da presença dos fenícios e hebreus, na Amazônia, existiram civilizações que deram origens as atuais ou outras, dessas, tiveram ascendência, deixando marcas indeléveis. Entre as imensas riquezas da grande bacia amazônica o rio Amazonas se destaca como a maior delas. Este caudaloso rio não tem formação tal outros rios. Sendo remanescente de um mar imenso e profundo golfo, encaixado entre dois escudos cristalinos, isto é, duas plataformas formadas de rochas originárias, uma ao norte nas Guianas e outra ao sul, no Brasil central. Outrora esse golfo se abria para o oceano pacífico, sendo fechado do lado Atlântico pelo escudo africano que ainda não havia se destacado da América. Diante dessa extraordinária descoberta e investigando esse continente, Pedro pôde estreitar laços de amizade com o povo dessa região, conhecendo diversas pessoas de grande valor que mantiveram, cultura e tradições milenares. Assim, Pedro tornou-se um elo entre esses povos e a civilização atual. Tendo como tradição visita-los, mantendo essa união fraterna e milenar.

Escalando o Monte Roraima, Pedro foi muito além, visitando um velho amigo, Palmari e sua família, num lugar à beira de um lago, suspenso no meio da montanha, a 2.800 metros de altitude, numa casa construída com cristais e um belíssimo jardim de rosas e flores desconhecidas para ele, até então, visto que a esse lugar era a primeira vez que visitava a misteriosa família dos palmaris, que o receberam com grande alegria e ternura. Do lugar donde estava, Pedro visualizava parte das nações formando o Monte Roraima; Brasil, Guiana e Venezuela. Embasbacado com tanta beleza, ele contemplava a extraordinária paisagem, numa temperatura de 14 graus, sentindo uma leve brisa sussurrar aos seus ouvidos, numa intensa felicidade. No alto as nuvens formavam bichinhos gravados em sua memória e o Sol suavemente espargia pingos de luz dourada sobre a casa cristalina, com uma arquitetura transcendental, parecendo estar pertinho do Criador. À noite, Pedro contemplava a lua, astros e estrelas sentindo ser partícipe da dança das estrelas e no silêncio escutava o manso ranger das esferas do movimento do Universo. Assim, amanheceu o dia e o Sol banhou de luz dourada o Monte Roraima e a floresta nos vastos campos transformados num vergel de verde esplendor.

Depois a névoa cobriu de branco o admirável Monte Roraima e foi servido uma ágape ao ilustre visitante. Num salão de cristal, uma farta mesa com iguarias, e diversas frutas, vinhos naturais e água pura. Chegado a hora de partir, com um sincero abraço de gratidão pela visita, Pedro escutou uma mensagem do anfitrião Palmari, afirmando que transmitisse a todas as nações e ao povo de bem que o Brasil estará sempre a salvo das maldades do homem pernicioso, por ser uma nação abençoada pelo Grande Arquiteto do Universo. Sendo, assim, responsável por uma importante missão de amparar toda a humanidade, e que a floresta amazônica sempre será parte dessa poderosa nação brasileira, depósito de grandes segredos e mistérios da humanidade. Após alguns dias, sobrevoando o Monte Roraima procurando identificar a casa de Palmari, Pedro nada enxergou, mas sentiu grande paz interior, percebendo a presença do Criador, abençoando toda a nação brasileira e aquele grande santuário.




 
Antonio de Albuquerque
Enviado por Antonio de Albuquerque em 04/09/2019
Alterado em 09/09/2019
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