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Liberto
Acordei tal alguém que na correnteza do rio
Deixou o vendaval levar, o que restou de si
Construído num tempo que passou, definhando
Sinto imensurável alegria e vontade de mudar
Sem amarras, liberto para percorrer caminhos
Tal o vento soprando em profusão, o que me apresava
Transformando olhos d’água em raios de luz dourada
Varrendo a tristeza e a dor dos meus sonhos de ternura
Trazendo de volta a minha felicidade dum tempo marcado
Tal um vergel renovando suas folhas, flores e amores
Alegres lembranças tuas ainda enfeitam meu olhar risonho
Sorrisos são açucenas umedecidas pelo sereno da manhã
Que testemunharam a partida das possibilidades sonhadas
Sem falar, quero pensar, e refletindo abrir a porta do meu
Sereno interior, tangendo para o espaço o que não era alegria
Visto que o sábio é aquele que basta a si mesmo, encontrando
A felicidade em seu próprio pensar, sorrindo de bem querer
Fora, ainda escuto sons que ficaram gravados em memória
Nesse olhar regado pela força que me faz sonhar, sorrir e amar,
Eu sigo viajando no meu céu, depósito de saudade e de fecundas
lembranças, no silêncio onde sorrindo de alegria lhe contemplo.
Antonio de Albuquerque
Enviado por Antonio de Albuquerque em 27/08/2020
Alterado em 28/08/2020
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