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Na Paz dos Bem-te-vis
Dia auspicioso soprava canções de ternura
Em direção ao vale, gorjeando, aves bailavam
Pedro lembrava de Rosa, seu amor, seu bem querer
Com ela havia se desentendido com fortes palavras
Motivando-o a repensar os limites razoáveis
Do alto da serra, de sua singela morada, delicada, miúda
O casal enxergava todo o vale, enfeitado de acácias amarelas...
As manhãs coloridas de canários, supriam de sonoridade
O belo lugar, margeado de encantos e mistérios da natureza
Às noites, enlevados miravam o céu atapetado de astros
Na encosta da serra morava um misterioso homem galante,
Tinha o porte altivo do amanhecer e o cabelo flor do algodão
Pacificador era o seu nome, e o moço rogou-lhe um conselho;
Querendo resolver o impasse, causado por discussões entre eles
Em companhia do velhinho, esperançoso, Pedro desceu a encosta
Indagando ao velhinho o que fazer para se reconciliar,
Com grande sabedoria o nobre senhor expressou:
— A boa amizade é uma ponte que conduz ao amor.
— Para se chegar ao amor em consonância com a natureza,
É, pelo respeito, carinho e fidelidade, disse o pacificador
Absorvendo o divino conselho do sensato conselheiro,
O casal se deitava, na rede, sob a sombra do Jequitibá,
Entregando-se às lembranças e mistérios da natureza ...
Encantados, nos galhos da frondosa árvore, um casal de Bem-te-vis,
Exaltava a natureza; envoltos em sua paz, o casal tranquilo, adormecia.
... O Sol vermelho declinava no poente, a espera de um novo dia!