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Eu, Sabiá
Eu, passarinho não sei chorar, só cantar
Mas, trino mavioso amenizando meu pesar,
Por perder-me da minha Sabiá cantadeira
Que voando, distante não pôde me amar
Gorjeando sem saber chorar, esmaeci
Qual flor despetalada em solo de jardim
Agora,apresso-me com destino auspicioso
Sentindo pensares e olhos rasos d’água
Sem o murmúrio da fonte e o trilar da Sabiá
Sou passarinho constante, voando sem cessar
Sonhando num rico e belo acalanto de amor
Buscando um ninho sereno para me aninhar ...
Tranquilo pouso numa estância de aromas e sonhos
Onde tudo é brilho, inspiração, poesia e ternura,
Feliz, sinto a calma trazida pela luz da aurora
Eu, passarinho sabia que a felicidade me abraçaria,
Entre risos e flores, meu destino é amar.
Antonio de Albuquerque
Enviado por Antonio de Albuquerque em 20/08/2021
Alterado em 14/09/2021
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