É madrugada e remando escuto
O borbulhar d’água no Igapó
Me encanto em lembranças e saudade
De um tempo que minha canoa era mais leve ...
Os peixes pulavam à meio metro d’água ...
Em silêncio, me perco em pensamentos,
Que se transformem em bons sentimentos;
Entre as fendas do Igapó enxergo a Lupunamanta,
Espargindo nutrientes sobre as árvores e pássaros,
Que gorjeando quebram o silêncio encantador,
E a majestosa lua, surgindo entre alvas nuvens,
No distante horizonte de luz e estrelas luzentes
Me levam onde for meu pensamento em inspiração,
Que me faz alcançar um horizonte em esplendor!
A saudade do tempo que passou invade meu peito...
Trago um sonho de criança que não saiu de mim,
Ricas e belas lembranças que não posso olvidar;
Que todo dia o Astro-Rei reina sobre a terra
Tecendo no horizonte, aquarela e esplendor...
Enquanto o Planeta se ergue em reverenciar ao Criador,
Eu, penso ...
Ah ...quem me dera inverter o tempo na história! ...