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Irreal Afago
Conheci Douglas na Universidade, quando estudávamos Psiquiatria. Depois, ele se formou em Direito, fez concurso, sendo até hoje delegado de polícia, em São Paulo, capital. Ao nos encontramos, festejamos o acontecimento com um bom vinho português, e ele me conta alguma boa história. Então, escutei um relato de suas experiências profissionais.
Aconteceu quando ele foi designado para investigar um casal suspeito de aliciar mulheres, sendo a gravidade do caso a razão do seu interesse pelo escabroso delito. Paulo e Helena eram os suspeitos desse e de outros crimes, que através de redes sociais, fortaleciam amizades com respeitáveis mulheres que tinham um saudável círculo de relacionamento social e as convidavam a participarem de encontros virtuais; aniversários, homenagens e diversas reuniões sem muita importância; assim outras mulheres juntaram-se ao grupo virtual.
Tudo girava em torno de Paulo, homem elegante que se dizia poderoso e riquíssimo, falando de grandeza com gestos de extrema delicadeza, falando de beijos e afetos, sempre querendo parecer o que não era, muito gentil com mulheres fossem solteiras ou não, embora não convencesse pessoas mais experientes. Ele prometia presentes para todas e recursos financeiros para algumas, afirmando que sua intenção era apenas auxiliar, sem qualquer outro propósito.
Os encontros virtuais tornaram-se habituais, lugar onde os participantes conheciam pessoas importantes e ricas, mas tudo parecia estranho, as inocentes senhoras estavam caindo num conto no mundo da malandragem criminosa. Paulo e Helena eram suspeitos de aliciamento, chantagem, extorsão e outros crimes. Seus nomes eram falsos, a riqueza e as vãs promessas. O casal de malfeitores preparava um tenebroso golpe, mas não imaginava o que viria acontecer.
Após intensa investigação, rastreando a dupla pelas redes sociais o delegado Douglas, desmascarou o casal e o plano macabro de extorsão. De posse de evidências e prova do crime o delegado resolveu deter o casal e ao efetuar a prisão foi recebido à bala, mas não sendo atingido, baleou e algemou o bandido cafetão. A cafetina Helena, reagiu à prisão, sendo dominada por uma policial que com elegância e coragem atirou no joelho da meliante, colocando a bandida ao chão com dores terríveis. Ciente de que o crime não compensa, o casal foi conduzido à penitenciaria, após a permanência no hospital para tratar os ferimentos. A identidade das vítimas foi preservada, respeitando os direitos constitucionais das pessoas, coisa rara nessa terra varonil.