Adana Kunhã
Incógnita nascente do rio
Onde singrava um mistério...
N’algum lugar, um arco-íris,
Muito além no infinito,
Formava um só clarão
Entre a terra e o céu ...
Suas águas corriam livres
Entre as misteriosas montanhas,
Que nas alturas ocultavam os cumes
Entre belas nuvens, alvíssimas,
Tal qual a brancura do Amapá
Surgiram aldeias indígenas
Nativas desse lugar sagrado
Que desconheciam a tristeza...
Um dia, porém, sentiram a dor.
Entre eles surgiu uma menina,
Adana Kunhã ofertando água do rio
Para cura... os nativos beberam...
Sarando a dor e o infortúnio
uma bela canção ela cantou...
e o rio sussurrou essa canção.
Na canoa, Adana Kunhã remava...
Surpreendente, nas cores do arco-íris,
se uniu à luz do Sol Salvador...